Escravidão X professor

13/05/2011 18:25

O PROFESSOR

 Como o professor irá contribuir para a melhoria de um país se a população do mesmo não o valoriza e às vezes nem o respeita? Exercer a profissão de professor na maioria das vezes é um ato de extrema valentia e determinação, tanto em escolas públicas como privadas. Um dos primeiros problemas enfrentados é quanto à remuneração, sempre muito baixo.
Há uma grande incidência de casos em que alunos agridem fisicamente ou verbalmente os professores, que muitas vezes têm que sair correndo para que não sofra algo pior.Infelizmente, o professor é visto por grande parte da sociedade como um subalterno para o qual são dirigidas diversas ordens.
Quando o professor atua na escola pública muitas vezes não possui ou é limitada a autonomia plena para aprovar ou reprovar um aluno, isso por que o próprio sistema determina o percentual de aprovação e reprovação que deve acontecer com intuito de cumprir acordos firmados com organismos internacionais de ordem econômica como FMI (Fundo Monetário Internacional), Bird (Banco Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento) e Unesco, esses liberam créditos somente se os dados apresentados se enquadram nas exigências dos mesmos.

Hoje 13 de maio de 2011, fazem exatamente 123 anos da abolição da escravidão no Brasil, mas existe uma classe que parece que esta tornando os novos escravos brasileiros => OS PROFESSORES porque os professores?

Olhem as condições de trabalho de cada professor, quantidade de aulas, quantidades de alunos por sala, material de apoio, etc.

Olhem o salário médio de um professor publico municipal ou estadual (Em relação aos próprios funcionarios de outras estatais:policial,agentes administrativos do judiciario estadual, entre outros).

Professor NÃO é respeitado por aluno, por pais, etc.

Falta de uma política de valorização profissional.

POR ESSES MOTIVOS, SURGEM OS NOVOS ESCRAVOS E ESPERAMOS QUE NOSSA ABOLIÇÃO NÃO SEJA TARDIA.

SEGUE ABAIXO UM TEXTO DO SITE UOL APRENDIZ SOBRE A REALIDADE DO PROFESSOR.

 

A realidade do professor no Brasil

Apesar de avanços pontuais em alguns Estados, o professor brasileiro continua muito mal pago, em comparação com seus colegas em outros países.

Como se não bastasse isso, aqui no Brasil as classes são mais cheias, com mais alunos por professor, o que demanda mais tempo e atenção do profissional.

Essas constatações, feitas por uma pesquisa da Unesco, mostram fatos já conhecidos dos brasileiros, mas que ganham relevância quando comparados com a situação de outros países.

De um total de 38 países, o Brasil só não paga pior aos seus professores em início de carreira do que o Peru e a Indonésia. Aqui, o salário anual, em dólares, é de US$ 4.818, metade do valor que nossos vizinhos Argentina e Uruguai pagam e um sexto do que ganha um professor na Suíça.

É bom lembrar que, nessa comparação, o raciocínio de que aqui, com os mesmos dólares, se vive melhor do que na Suíça não vale porque os pesquisadores já levaram em conta o custo de vida em cada país.

Além de pagarmos mal, as condições que damos aos professores são piores do que em outros países. No ensino médio, segundo a Unesco, o número de alunos por professor é de 38,6. É a maior razão encontrada em 33 países desenvolvidos e em desenvolvimento onde foi possível comparar essa taxa.

A taxa do Brasil é preocupante, mas, para os catastrofistas, é bom lembrar que poderíamos estar muito pior. Na África, há países pobres em que essa média chega a 70. Isso significa que é tão comum encontrar salas de aula com 100 alunos quanto encontrar com 40.

Usar a África como exemplo para dizer que não estamos tão mal assim é uma atitude cretina, é verdade. Mas, como a comparação com a África é frequentemente citada para mostrar o quadro mais negro do que ele é, acho que vale a pena colocar as coisas nas devidas dimensões.

O que o estudo aponta para o Brasil que merece reflexão é que, como dizem seus autores, em países em que as condições de trabalho dos professores são boas, a qualidade da educação tende a ser melhor.

Discutimos tanto as razões para a falta da qualidade da nossa educação que às vezes esquecemos o óbvio: professores mais bem pagos e com menos alunos em sala têm condições de desenvolver um trabalho muito melhor.

Fonte: site aprendiz da uol.

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