Bullying

27/06/2011 21:32

 

 

O Bullying é o assunto da moda nas escolas, mas é algo que acontece a muito tempo. No meu tempo de escola, sempre tinha um colega/amigo que a turma chateava, sempre, seja por um apelido, por piadinhas, etc. A diferença é que ninguém escapava, o pessoal decidia de  que era vez e pronto , não havia remédio além de esperar que as aulas terminassem naquele dia.

Mas afinal, o que é  Bullying?

 Com certeza, você já viu filmes em que um aluno da classe é humilhado por um grupinho de colegas, geralmente atletas humilhando e agredindo fisicamente os chamados “nerds”.

O Bullying vem do inglês bully, que significa valentão. Apesar de não haver uma denominação em Português, isso acontece há muito tempo por aqui e caracteriza-se por agressões físicas ou verbais, com a intenção de humilhar a vítima. Além disso, essas agressões costumam ser frequentes e dirigidas ao mesmo “alvo”, normalmente alguém mais fraco e que não costuma reagir. Ameaças, ofensas, humilhações, agressões físicas que, muitas vezes, tornam a escola um verdadeiro inferno para as vítimas desses atos covardes.

Bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar".

Agressores e vítimas: como identificar

O Bullying é um problema que pode estar presente em todos os níveis de ensino, incluindo o superior e, também, não escolhe a rede de ensino, seja pública ou particular. 

Esse tipo de comportamento é mais fácil de ser identificado entre os meninos, pois as suas atitudes são mais agressivas. Geralmente, os meninos não escondem suas atitudes, já que a ideia é mostrar-se mais forte e humilhar o “desafeto”. Na maioria das vezes são mais fortes e chutam, empurram, batem e gritam com os colegas menores e mais fracos. Alunos agressores tem meio caminho andado para se tornarem violentos na vida adulta, tanto em seus lares quanto em outros setores da sociedade. 

Entre as meninas, apesar de não demonstrarem de maneira explícita, a prática do bullying também está presente. São fofocas, sussurros, difamações, boatos, olhares, exclusão e os famosos apelidos pejorativos para diminuir as colegas. 

A pesquisadora norte-americana, Rachel Simmons (especialista em bullying feminino) afirma que “as garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada”. Ainda, as meninas agem dessa forma porque é esperado delas que sejam boazinhas e dóceis.

"É preciso reconhecer que as garotas também sentem raiva. A agressividade é natural no ser humano, mas elas são forçadas a encontrar outros meios — além dos físicos — para se expressar"

Como lidar com as brincadeiras que machucam a alma 

Os alvos dessas agressões não costumam falar com ninguém sobre isso por medo de represálias e quando resolve contar, muitas vezes, o problema é contornado. Porém, a escola toma atitudes direcionadas e os agressores escolhem outros alvos, quando não voltam a ameaçar a vítima.

As crianças que sofrem com o bullying tornam-se retraídas, deprimidas, com baixo rendimento escolar e carregam esses traumas pelo resto da vida. O fato da escola ser um ambiente hostil faz com que o simples ato de frequentar as aulas se torne um desafio para essas crianças. O aluno acaba se isolando e sente vontade de abandonar os estudos. 

Bullying virtual 

As perseguições e humilhações não se restringem aos muros da escola. Hoje em dia, os agressores também fazem uso (diga-se, mau uso) da internet para difamar, humilhar, agredir, etc. No mundo virtual não escapam nem os professores que são achincalhados em comunidades criadas exclusivamente para esse fim. Os praticantes do bullying encontraram na internet outro meio para as depreciações devido à facilidade de se criar perfis falsos em páginas de relacionamentos, blogs, etc. A covardia continua através de comentários depreciativos feitos anonimamente, direcionados aos colegas e a alguns professores pelos quais os alunos têm antipatia.

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Violência contra professores 

Além de todas as agruras da docência, surge mais esse abacaxi a ser descascado. O fato é que os professores e as escolas devem se preparar para enfrentar esse problema e trabalhar em conjunto com os pais para encontrar soluções adequadas. 

Entretanto, os pais estão cada vez mais ausentes na educação dos filhos e delegam essa tarefa aos professores. Mais uma vez, o professor se encontra sozinho para resolver problemas comportamentais dos alunos. O amigo Valdeir, autor e editor dos blogs Painel do Educador e Ponderantes, reproduziu um telefonema entre a diretora de uma escola e a mãe de um aluno que retrata bem essa falta de compromisso dos pais e reforça o que estou dizendo. 

Fonte de pesquisa e apoio: blog catablogandosaberes

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